Vitral é uma composição de vidros coloridos fragmentados, unidos

entre si por perfis de chumbo, formando figuras e desenhos, aplicado

principalmente em aberturas de paredes onde a luz lhe possa transpassar,

                                                    revelando-lhe as cores e as formas.

Inspirado no mosaico, inicialmente com intenção exclusivamente religiosa,

evoluiu de composições primitivas de vidros sem cores, cascos de tartaruga

ou alabastros (estes dois últimos translúcidos).
No século IV, o vitral já existia na Gália e eram comuns no Oriente entre

os séculos VI e VII. O chumbo aparece como elemento de união por volta

do século XI, permanecendo até hoje. São deste período os fragmentos

de vitrais mais antigos onde se vê representações de figuras,

encontrados em Wissemburgo - Alemanha, entre eles, uma

cabeça de Cristo que pode ser visto no museu da Catedral

de Estrasburgo na França. Daí em diante, o vitral evoluiu

rapidamente, chegando a seu ᰩápice entre os séculos XII

e XV, com o apuro e delicadeza da técnica em catedrais

como as de Augsburgo - Alemanha; Amiens, Saint-Denis,
Angers e as obras-primas de Chartres, Notre-Dame de La Belle
Verrière - França e a Saint-Chapelle e Notre-Dame em Paris.

 

                    

Suas origens exatas são imprecisas, havendo sinais
dele na Mesopotâmia, Pérsia e Síria. Sabe-se também,
que os egípsios já conheciam. Sua fabricação
foi evoluindo até industrialização, utilizando

avançada tecnologia, para atender as mais

variadas exigências de aplicação. Para o vitral,

todavia, os vidros ideais são aqueles obtidos artesanalmente

como eram feitos na Idade Média, proporcionando efeitos

artísticos produzidos justamente pelas suas imperfeições, como ondulações,

riscas, manchas e bolhas, causados propositalmente pelo sopro humano

para este fim. É o chamado vidro "Echt antik" e quer dizer autêntico antigo.

 


      

   

As cores dos vidros
são obtidas através
de processos químicos
durante a fabricação,
sendo colorida a massa
vidrosa, que ao resfriar
adquire a tonalidade
desejada.

 

Quando se fala em
pintura num vitral,
esta pintura nunca
significa colorir o vidro.
São traços e sombreamentos
em tinta própria, quase preta,
que levada à queima em
temperatura adequada
funde-se a ele, definindo
contornos e volumes no desenho.