1952 é o ano em que inicia a história brasileira do atual Estúdio Vitralis, ao
desembarcar em Porto Alegre - RS, o artista plástico alemão Lorenz Heilmair,
pai de Lorenz Johannes Heilmair, também artista plástico, vitralista e
dirigente proprietário da Vitralis.
Toda esta realização porém começou
em outras terras, com a própria história
de Lorenz (pai) e sua família.

Origem

Sétimo filho de uma família de agricultores, nasceu em
Freising/Hohenbachern - Alemanha, em 19 de Julho de
1913 e cresceu sob a atmosfera traumática de um país
em guerra, com o desejo de se tornar artista. Dentre as inúmeras e imensas
                  dificuldades, enfrentou inicialmente a oposição dos pais, que o

queriam frente ࠧgleba cultivada pela família há muitas gerações;

mesmo assim, após a conclusão escolar, realizou sua primeira
formação profissional como paisagista na empresa de jardinagem
da Kuranstalt Wartemberg, exercendo-a em seguida no Parque do
Castelo em Weihenstefan. Entre 1936 e 1938, trabalhou na Secretaria

               de Parques e Jardinagem em Nuremberg.

Também atleta, participou de vários campeonatos
sagrando-se campeão nacional em hockey sobre rodas.
No ano seguinte ingressa na Academia de

Artes Plásticas em Munique cursando 15 semestres,
e a partir do segundo, já começa a participar de
exposições abertas na cidade, onde muitos de seus quadros são adquiridos

 por diversos orgãos públicos e particulares. Interrompido o curso pelo serviço

militar durante 3 anos, retorna em 1944, dispensado devido a uma
grave tuberculose, quando encontra toda sua obra destruída por

um bombardeio ocorrido um ano antes. No ano seguinte casa-se
com a farmacêutica Broni Galaszwski e a partir de então passa
a viver em Moosburg/Baviera, realizando ali diversos afrescos.
Formou-se em pintura, mas também estudou escultura e arte
dos mosaicos, até se especializar em vitrais. A situação na Alemanha
estava insustentável. Após longo período de guerras, o país encontrava-se
destruído e não oferecia oportunidade trabalho. Muitas pessoas emigravam e
a última coisa em que se pensava naquele momento era em arte. Foi então
que Lorenz (pai) embarcou com destino ao Brasil, - inicialmente sozinho,
deixando por um ano mulher e dois filhos na pátria mãe para trabalhar
como vitralista na Casa Genta, na cidade de Porto Alegre-RS
um estabelecimento de grande tradição no estado.