RETORNO À PINTURA
Condecorado por Dom Eugênio Sales, na presença do Primaz
de Portugal, Lorenz Heilmair (pai) conclui um trabalho de 8
                              anos, entregando esta obra monumental
                              que é a nova Catedral do Rio de Janeiro, 
                                     portanto 4.400,00m2 de vitrais

                                     cimentadas em 4 vãos e  vidros de
                                     20mm de espessura, fabricados no
                                     Brasil unicamente em sua fábrica
                                     de vidros artesanais na Arte Sul.
                                     À esta altura, já conta também com
                                     a participação dos filhos nos diversos
setores da firma, atuando cada qual em sua área:- Robert,
formou-se técnico em vidro, pela Universidade de Zwiesel -
Baviera/Alemanha, assumindo a fundição; Anna, por períodos,
a administração; Verônica, os projetos e Lorenz Johannes, aos 20

 anos de idade, encarregando-se já, de praticamente toda direção artística
e geral do estúdio, que acoplava como segmentos complementares,
serralheria, marcenaria, cerâmica e fábrica de lustres.

A meta de Heilmair foi alcançada e o sonho concretizado,
coroados de glória, graças à sua determinação, perseverança
e trabalho. Com os filhos crescidos e dirigindo do estúdio,
retoma seu objetivo artístico inicial, que o impulsionou
desde menino e volta à pintura. Afasta-se gradativamente

 

da Arte Sul e parte em viagem pelo
norte e nordeste do Brasil, pintando
paisagens e costumes regionais.
Em um "ateliê móvel" que inventou,
adaptando uma plataforma sobre a

Kombi em que viajava, acomodava-se,
conseguindo vista privilegiada e absoluta liberdade para,
lá de cima, realizar seus registros pictóricos in loco.

A partir desta experiência, passa a se dedicar exclusivamente
à pintura em seu ateliê no litoral de Santa Catarina/Brasil,
deixando a firma inteiramente a cargo dos filhos.

Com a crise do petróleo na década de 70 e a recessão
dos anos 80, veio a decisão de fechar a fundição de vidros.

O estúdio Arte Sul continuou sendo dirigido por Robert e Lorenz Johannes,
que juntos, executaram os vitrais da Basílica Nacional de Aparecida do Norte
(mais detalhes), entre outros trabalhos, por cerca de dez anos.
Paralelamente, Lorenz Johannes Heilmair abre no sul, desta vez em
Curitiba - capital paranaense, o Estúdio Vitralis.  Inicialmente como uma
extensão da Arte Sul e mais tarde como oficina autônoma e sob sua direção
exclusiva, muda também sua filosofia de trabalho, direcionando o estúdio
cada vez mais à arte sacra (a descrição detalhada deste período poderá
ser lida em artista), iniciando assim uma nova etapa desta história.